sábado, 27 de dezembro de 2008

Crise Econômica - 5ª sessão do Clube de Idéias

Professores associados: Jáder, Machado, Vladimir, Teixeira, Figueiredo e Veloso.

As incertezas econômicas levam a especulações para o próximo ano e desta forma o professor Teixeira inicia a nossa discussão natalina afirmando que mesmo a volatilidade da taxa de câmbio, ainda elevada, reflete em parte a incerteza global, de modo que não deve se perpetuar como justificativa para uma taxa de juros que não é capaz de atrair capitais gera custo fiscal desnecessário e punição da atividade.

Veloso acrescenta afirmando que além de não estar havendo fuga dos investidores individuais do mercado acionário, o crescimento registrado neste ano é bastante significativo. Em dezembro de 2007, havia 456,5 mil investidores individuais cadastrados na Bolsa. Ou seja, mesmo neste ano, marcado por uma forte crise, houve um aumento de 20% no número de participantes do mercado acionário doméstico.


O professor Figueiredo cita alguns indicadores: O índice de preços no atacado disponibilidade interna (IPA-DI) saltou 6,99% em fevereiro de 1999. Em novembro deste ano, apurou deflação de 0,17%. Há sinais de que o repasse da alta do dólar para a inflação, desta vez, inexiste. Ou seja, a inflação está sob o controle até agora.

Vladimir lembra que um fato fundamental é o de que os enormes pacotes de ajuda aos bancos não serviram muito à economia. As instituições de empréstimos que receberam fundos públicos devem usar esses fundos para emprestar. Os bancos estão armazenando capital e comprando outros bancos, em vez de emprestar a quem precisa de crédito. Logo não se resolve o problema. Os bancos por sua vez alegam que tem interesse em reduzir os spreads e manter a expansão do crédito. O problema é como viabilizar essa redução das margens em meio ao aumento dos custos de captação de recursos e à redução na demanda por crédito.

Machado intervém dizendo que o impacto da crise, que começou na esfera do crédito, é visível nos pátios lotados das montadoras, nos armazéns das indústrias de aço, papel e celulose, produtos químicos e até nos depósitos das fabricantes de máquinas. Em apenas um mês, de outubro para novembro, dobrou o número de indústrias que carregam estoques excessivos, revela pesquisa da Fundação Getulio Vargas.

Nos Estados Unidos, onde a crise subprime dava sinais já em 2007, levantamento divulgado na semana passada revelou desaceleração nos contracheques. A remuneração do alto escalão subiu em media só 7,5% em 2007, menor taxa dos últimos seis anos. Logo, aqueles que ainda tiverem empregos terão redução de salários.

Fato relevante lembrou Veloso, foi a reflexão feita por analistas sobre se a crise internacional não derrubará a renda da população e acabará diminuindo o consumo de papeis sanitários no país , visto que o Brasil é o 2º pais do mundo em crescimento de consumo de papel higiênico. Esse desempenho pode ser atribuído à redução do imposto inflacionário, á elevação do salário mínimo e a mudanças no perfil da política sanitária.

Utilizamos a linguagem econômica publicada pelos periódicos ao longo dessa semana, para ver se através das palavras, da sua arqueologia, seria possível vislumbrar alguma saída. Então mergulhamos nossas frustrações em copos de Black Label, sempre com a moderação típica dos epicuristas.

Jáder Marcos Paes Correto da Rocha

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de um Green Label aroma de canabis

Anônimo disse...

TIVE A OPORTUNIDADE DE LER O COMENTÁRIO QUE O SENHOR TECEU SOBRE MINHA OPINIÃO.Agora chegamos ao ponto comum professor,a massificação engloba tudo aquilo que a maioria da população considera bom aos seus olhos ,muitas vezes ofuscados pela ignorância...o dificil é remar contra essa maré mas, se torna algo instigante quando percebemos que a procura pela mudança , em busca do que consideramos melhor,venha acompanhada de críticas, para que, com veemência, possamos rebatê-las e assim termos absoluta consciência de que o que dissemos faz algum sentido.

Tenha esperança nos jovens ...saiba que estão fazendo um refletir neste momento.

Di Giacomo disse...

Olá, quem é vc anônimo?