Sou feita de leões e demônios que só se acalmam ao som de tambor. Adoro chocolate e molho de pimenta, cada um ao seu tempo. E acho que água e tequila são fundamentais para o bem-estar de uma alma na Terra. Escrever é pra mim hábito, pensar é exercício e conhecer-se uma jornada eterna, interminável e necessária para que o dia seguinte venha. Tenho uma série de famílias espalhadas pelo mundo e aprendi a fazer de cada nova cidade minha casa, mas descobri em São Paulo meu lar. Adoro andar pela boemia da Augusta mas me faz falta uma casa com árvore e cachorro. E não acho impossível conseguir tudo junto. Puxei da minha mãe a arte de fazer tudo de um jeito diferente. E do meu pai, a fé de que sempre há um jeito de fazer. Descobri na música a capacidade de me comunicar de um jeito que o jornalismo, minha profissão de sangue, nunca me deixou fazer. E descobri no jornalismo a possibilidade de falar de música de um jeito que minha habilidade como baterista nunca me permitiu. E a vida, pra mim, é fazer o coração bater sincopado, não importa o tom.
Ana Alice Gallo nasceu em Ribeirão Preto, vive em São Paulo e é canhota, além de escrever poeminhas bacanas, é baterista e jornalista. Evita o estresse com doses de zen drugs e toca nas bandas Milhouse e Liga das Senhoras Católicas. Leia mais textos dela no brog Credencial Tosca.
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