O amor que mora na casa do lado está morrendo.
Romântica que sou, detesto ver um amor morrer.
Fico nostálgica pelos outros.
Triste pelo vazio que vai ficar.
O vazio de risadas, danças e de brilho nos olhares.
Fico temerosa pelo tempo em que a tristeza pode morar ali, tão pertinho.
E não quero pensar nem por um momento que amor da minha casa pode acabar.
Ele é tão lindo, tão puro, tão tudo-aquilo-que-eu-sempre-sonhei. Tão amor.
Mas logo escuto sorrisos na casa ao lado.
Vejo flores renascerem.
Escuto novas músicas para se dançar.
E percebo: toda vez que um amor morre nascem pelo menos mais dois no seu lugar.
É disso que amor vive.
De se dividir. E de se multiplicar.
Até bater de novo (e pra sempre) em todas as casas da vizinhança.
Bárbara dos Anjos é jornalista, gaúcha e libriana. Acha que está saindo de um bloqueio criativo. Mas como boa libriana está meio insegura. O que você acha?
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
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6 comentários:
Parece que o amor reveza de casas... se é tão sublime, por que tem que ser assim?
Está saindo de um bloqueio criativo Bárbara? Conta como por favoOOOr!!! rs
Bjs,
Karol
adoro nosso amor,
amo nossos dias.
muito feliz em ler-te "coelho"
beijos!
Acho bonita sua vida cheia de esperança do mundo =)
Lindo!
que bloquei criativo, meu deus? essa aí tá na flor da idade poética. parabéns!
mto bom, barbara!
:)
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