Do amor que dedicamos aos bichos
- por serem crianças e loucos e
não saberem de nada (e,
com efeito: detestamos os sábios ) -
aproveita-se meu gato e, na calada da noite,
emite a senha para que eu lhe encha o prato.
O faço. E
ao abrir a janela para
que a fumaça disperse
o felino escapa de encontro ao cio.
Nesse jogo de cartas marcadas,
fumarei (ainda que não suporte
o cheiro da fumaça)
quando o larápio quiser, pois
do amor que dedicamos aos bichos
- por serem crianças e loucos -
nasce o desejo: da idosa abandonada
viver um dia mais;
das crianças doentes sorrirem e resistirem ao Câncer;
de
o ambulante que vende cigarros
falsificados,
na calçada paralela,
falar de futebol comigo,
que nem gosto de futebol.
Renato Silva é um estudante de letras, está formando um grupo de poetas em sampa, ama o São Paulo e torresmo com cerveja. Não acredita no homem em si, mas crê na humanidade. Adora que o chamem pelo nome, mais ainda quando pelo "codinome": Cidadão das nuvens. Você pode ver mais poesias dele no seu blog
=>Faça como como o Renato e mande suas poesias para clube.ideias@gmail.com
sábado, 10 de outubro de 2009
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Um comentário:
Obrigado por me postar. Estamos aí!
abç
Renato
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